A retomada do campeonato brasileiro começa a ter um novo sotaque: o castelhano. Considerados bons investimentos pelo custo-benefício, já que são baratos e dão boas respostas no campo, os sul-americanos estão invadindo o futebol nacional. Além disso, o Brasil se tornou vitrine com a aproximação da Copa do Mundo e atrai vários jogadores. Dos 20 times da Série A, apenas Atlético-MG, Criciúma e Goiás não contam com a mão de obra estrangeira.
O Brasileirão já está sendo chamado de o “campeonato dos gringos”. Apenas na janela deste meio de ano, por exemplo, 16 jogadores desembarcaram nos clubes da Série A e mais dois no Palmeiras, na Série B do Brasileiro. Já são nada menos que 44 estrangeiros na Primeira Divisão. Muitos argentinos, uruguaios e paraguaios, além do norte-americano Freddy Adu, e até europeus, casos do holandês Seedorf e do espanhol Fran Mérida.
Com salários em média bem mais baixos que as estrelas nacionais, os estrangeiros agora fazem um clamor para que a CBF mexa no regulamento e permita que mais do que três deles possam entrar em campo numa partida. Isso para que muitos outros compatriotas venham ao Brasil. Scocco, Martínez, Contrera, Saviola, Lucho González, Fabian Coronel e Chamucero podem ser os próximos a aumentar o sotaque gringo no Brasileirão. Devem ir para o Rio ou para o Sul, lugar de grandes centros em que “estão em casa”, já que são vizinhos de seus países de origem. Mas até aqui, o futebol paulista é o que mais aposta nos vizinhos sul-americanos. Das 16 contratações, oito foram de clubes do Estado.
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