O fim de uma era

Um dos acontecimentos mais comentados dos
últimos tempos no futebol internacional, Pep Guardiola deixou todos pasmos ao anunciar sua saída de uma das melhores equipes de todos os tempos no esporte. Pelo lado pessoal entendo a motivação por novos desafios, mas como profissional acredito que em toda a sua carreira ele nunca encontrará uma equipe tão brilhante como esta do Barcelona. Provavelmente o treinador irá curtir as suas férias após a eliminação da Liga dos Campeões da Europa, mas a pergunta que fica é qual será a sua nova equipe?

Ao redor do mundo choveram declarações de técnicos de várias partes do mundo, como por exemplo, de Vicente Del Bosque. O comandante de boa parte dos jogadores do Barcelona na seleção espanhola foi mais um a comentar a saída de Pep Guardiola do clube catalão. O treinador campeão do mundo em 2010 afirmou que entende a decisão do ainda técnico do Barça.
“Pep tomou a decisão como um homem do Barcelona e não há nada a fazer além de aceitar o que ele fez. Ele acredita que isso é o melhor para ele e para o Barça. Eu o entendo e desejo a ele o melhor”, afirmou Del Bosque.

O técnico da seleção italiana, Cesare Prandelli, também demonstrou toda sua admiração por Guardiola. “Como sempre Pep Guardiola mostrou grande equilíbrio. Agora, espero que leve sua experiência para todo o mundo e que venha para a Itália com a sua fantástica ideia de futebol”, indagou.

No Brasil, o Rival na final do Mundial de Clubes no Japão, Muricy Ramalho, estranhou a saída do espanhol do Barcelona, mas diz que ele deixou um legado para os técnicos e para o futebol.

Números:
Com apenas 41 anos, Guardiola ganhou 13 títulos importantes de 19 possíveis (dois destes ainda em disputa). Em comparação com o lendário Sir Alex Ferguson que, em 26 anos de Manchester United, levantou 34 troféus (pouco mais de um por temporada, contra três por ano do espanhol), vemos a qualidade de Pep como comandante do Barcelona. Como técnico do time catalão, ele conseguiu duas Ligas dos Campeões da Europa em 2008/2009 e em 2010/2011 principal competição européia, além de dois mundiais. Ao todo foram três campeonatos espanhóis, uma Copa do Rei, três Supercopas da Espanha e duas Supercopas da Europa.
No total: 242 jogos - 175 vitórias; 46 empates e apenas 21 derrotas.